A imprensa está continuamente ávida por novidades que sejam realmente interessantes. É esse o seu DNA: compartilhar o que o seu publico quer saber. E como? A informação chega por várias vias: agências de notícias, trabalho de campo, pesquisa na web, outros meios de comunicação, empresas/instituições e, entre outros, agências de comunicação. São milhares de dados, telefonemas e e-mails diários que devem ser digeridos e filtrados pelos jornalistas. E gritar para ser notado não é solução, tem que ser original e interessante.
O nível de atenção dado a uma informação é proporcional ao seu caráter único, atual e exclusivo, à sua abrangência e à relevância que tem para os leitores/ouvintes/telespectadores. O conhecimento prévio da empresa, a escrita clara e apelativa, os documentos/imagens/links de suporte e a confiança com o interlocutor facilitam a percepção da importância da mensagem.
Estas são apenas algumas das premissas a ter em conta quando se estabelece o contato com um jornalista.
Antes da notícia em si e de todas as suas características, a relação com a imprensa deve estar orientada de acordo com dois princípios fundamentais: Ética, ou seja, os princípios morais por que um indivíduo rege a sua conduta pessoal e profissional, e Confiança quer no trabalho do jornalista (na interpretação da informação, no tratamento independente da noticia, na decisão do que constitui ou não noticia, etc), quer do assessor de imprensa (ao corresponder às expectativas dos jornalistas, dando informações e temas relevantes, oportunos e fidedignos).
Assistimos diariamente ao aparecimento de inúmeras agências de comunicação e assessores de imprensa, à mudança de interlocutores, à pressão das mídias (fazer o mesmo com menos recursos), ao seu bombardeamento com e-mails, pedidos de entrevistas e telefonemas sem fim e sem interesse, à difícil gestão do tempo para a execução do trabalho – um conjunto de fatores a ter em conta e a contornar para sermos encarados como parte da solução e não do problema. Existe sempre tempo e espaço para um tema atraente, para aquele que é efetivamente “notícia”, para aquele que o jornalista precisa e espera de nós, para aquele que contém:
Não basta nós considerarmos que a informação é notícia, é preciso conseguir transmiti-la da melhor forma (Press Release, e-mail, telefonema, conversa pessoal) e ser percebida como tal pelo destinatário (despertar o interesse do jornalista, querer saber mais, publicar).
E quando a empresa pertence à área de Tecnologia da Informação (TI)? Quais as dificuldades inerentes à assessoria de imprensa e como devemos atuar?
A resposta está em primeiro lugar na compreensão da mensagem, ou seja nunca escrever sobre o que não se entende. No mercado de TI existem muitas terminologias, siglas, chavões que não podem ser utilizados de forma superficial. Há que pesquisar, conhecer a utilidade, como é utilizado, porque é importante. Só assim conseguimos que a mensagem seja entendida da forma correta e destacar a sua relevância para captar a atenção do jornalista. Em segundo lugar na transformação dessa linguagem de bits e bytes em algo que acrescente valor. Na relação diária estabelecida com a imprensa é notório que uma peça sobre tecnologia (essencialmente B2B – Business to Business) é mais difícil de promover junto a um meio generalista do que qualquer outro assunto que esteja na atualidade e que se dirija às grandes massas. Nesse caso, o desafio é tornar o tema apelativo, compartilhando o que as empresas de TI fazem para dinamizar o mercado, como estão reagindo à conjuntura, que soluções únicas e diferenciadoras apresentam para responder a problemas reais e que todos entendemos, que armas têm para competir na economia global. Por último, mas não menos importante, na segmentação, na escolha dos meios mais indicados para cada notícia, personalizando a mensagem de acordo com o destinatário e não enviando um tema que já sabemos de início que não tem interesse para aquele jornalista específico, levando à perda de credibilidade e ausência de atenção para quando for um tema efetivamente relevante.
Para nos destacarmos na multidão e comunicarmos de forma eficiente com a imprensa, será sempre necessário:
Partindo destes principios, a comunicação e relação entre assessor e jornalista torna-se mais fluída, rápida e eficaz, e o trabalho entre ambos ganha qualidade. O assessor faz um bom trabalho quando é reconhecido como um agente facilitador e uma fonte de informação útil, verdadeira e relevante que enriquece a midia em questão.
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