Não é fácil fazer antevisões, mas há indícios que nos ajudam a elaborar cenários de como será o marketing digital em 2020. As últimas pistas “vieram” do estudo “What do Digital Marketers really want in 2015”, levado a cabo pela Millward Brown para a Kentico.
O marketing torna-se (muito) mais automático – aqui fala-se de automação e a tendência aponta para a sua utilização crescente. 72% dos 300 inquiridos afirmam que é algo essencial para o sucesso. Outro número interessante, na mesma linha, é o de que 86 por cento dos executivos acreditam que, o marketing digital em 2020 será maioritariamente gerido por software.
Mas há outra tendência associada. A do recurso ao outsourcing. E a previsão é de que a utilização deste serviço aumente exponencialmente à medida que a automação se torna mais rápida e complexa, precisando de quem crie, operacionalize e humanize.
Algo vai mudar… mas não se sabe bem o quê – Há inúmeros indícios de que se aproximam novas disrupções. No entanto, ainda não é possível ter a certeza de qual a tecnologia que as irá despoletar ou qual a direção. Poderá ser o mobile marketing (onde as apostas incidem), a smart tv, a impressão 3D… há inúmeras possibilidades.
E, quando todos falam de integração há quem acredite que vai haver um recuo. Ou pelo menos um abrandamento. A razão para esta noção prende-se com o facto de, atualmente, apenas 25 a 30% das empresas inquiridas pelo estudo terem os seus canais móvel e social totalmente integrados com a plataforma de marketing. Um contraponto ao email marketing e aos websites que estão mais avançados nessa matéria.
Mas essas não são as únicas tendências a ter em conta. Em tempos Steven Van Belleghem escreveu sobre “Are you ready for marketing 2020?” na Our Social Times. No texto defendia que o marketing para ter sucesso deveria apostar em quatro princípios fundamentais:
Investir em conteúdos próprios – aqui o importante é ter o controlo. Na mensagem e na plataforma. Seja no Facebook, Linkedin ou outra.
Utilizar os conteúdos para obter mais dados – porque não utilizar os conteúdos (próprios) para conseguir uma maior (e nova) interação com os clientes e com isso obter mais informação que pode e deve ser usada para proporcionar um melhor serviço?
Misturar pequenas e grandes histórias – hoje já se começa a cativar as pessoas através da humanização do conteúdo. O transmitir histórias de vivência, de experiência, que aproximem a empresa dos seus clientes. Mas o truque é misturar as pequenas histórias com os temas mais profundos.
E por último, mas não em último, o design – por muito interessante e importante que seja o conteúdo de nada vale se não for acompanhado por um design equivalente. Uma boa imagem/vídeo/infografia faz toda a diferença e é o que capta o primeiro interesse. E, à medida que esta noção for incorporada na filosofia das empresas, os designers ganharão (ainda mais) importância.
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